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Neste episódio, falamos sobre o filme 'Dias Perfeitos', destacando suas lições sobre rotina, simplicidade, gratidão e autoconhecimento.
Explorar a vida do protagonista, um zelador de banheiros em Tóquio, reflete a importância de viver o presente e aceitar a vida como ela é, mesmo diante de desafios e mudanças.
Exploramos também temas de como adaptabilidade, resiliência e a importância de servir com humildade, refletindo sobre a vida e as escolhas que fazemos.
O filme mencionado serve como um pano de fundo para essas reflexões, destacando a beleza nas imperfeições e a importância de encontrar propósito em nossas ações.
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Capítulos
00:00 Introdução: O que é sucesso?
01:27 Definindo sucesso nos seus próprios termos
02:58 O senso comum e a relação entre sucesso e dinheiro
04:16 Comparação social: Como ela afeta nossa satisfação
07:35 Sucesso e prosperidade material: Encontrando equilíbrio
09:20 Realizações e propósito: Foco no que realmente importa
11:22 Medindo sucesso: Resultados e impacto pessoal
13:04 Histórias inspiradoras: Sucesso além dos bens materiais
15:14 Evitando armadilhas de comparação e redefinindo prioridades
17:45 Sucesso nas pequenas coisas: Reflexões pessoais
22:10 A metodologia VRM: Cuidando de todas as áreas da vida
25:01 Comparação saudável vs. não saudável: Aprendendo com os outros
29:26 Narrativas pessoais e autoimagem: O impacto na percepção de sucesso
34:02 Liberdade interna e externa: Criando suas próprias circunstâncias
41:53 As três etapas para o sucesso: Inspiração, compromisso e inevitabilidade
47:56 Livros recomendados para transformar sua visão de sucesso
49:30 Reflexões finais: Reavaliando o que é sucesso para você
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Transcrição do episódio.
Atenção: A transcrição abaixo foi gerada por Inteligência Artificial, portanto, pode haver alguns erros. Mas ela acerta a grande maioria das palavras.
**Edward (00:01)**
Olá, bem-vindo ao episódio 398 de *Vida nos Trilhos*. Hoje nós vamos fazer algo que fazia tempo que não fazíamos: falar de filme. E o filme é *Dias Perfeitos*. E, de verdade, na minha opinião, esse foi o filme mais inspirador que eu vi em 2024.
Assim, talvez não seja por menos, ele foi indicado ao Oscar de 2024 na categoria de melhor filme internacional. E aí, Jeferson, você viu o filme, suponho, né?
**Jeferson (00:43)**
Vi, assisti semana passada, me preparei e listei aqui sete lições que eu obtive do filme. Mas antes, só para deixar um recado bem rápido para os nossos ouvintes: se você deseja vencer a procrastinação, a sobrecarga, a falta de foco, a gente tem o caminho para você alcançar suas metas com confiança e consistência. É só acessar o nosso site, [vidanostrilhos.com.br/metas](https://vidanostrilhos.com.br/metas) e conhecer a nossa comunidade.
E eu trouxe sete lições, Edward.
**Edward (01:18)**
Legal! E você... bom, você teve que alugar o filme online, né?
**Jeferson (01:21)**
É verdade, bem lembrado. Eu aluguei, porque não tem lugar nenhum disponível. Dei uma pesquisada e vi que estava no Prime da Amazon.
**Edward (01:24)**
Não tem no Prime, mas dá pra alugar. Fica disponível por 48 horas. É um filme bem bacana.
Mas, falando paralelo, o que é o filme? Assim, vai ter spoiler, tá, pessoal? Mas eu acho que os spoilers não vão prejudicar nada.
**Jeferson (01:39)**
Sim.
Muito pelo contrário, né, Edward? Eu imagino que, talvez, se eu assistir esse filme em um momento diferente, as lições que eu possa obter dele sejam diferentes das lições que vi agora. Porque eu acho que cada vez estamos em um momento de vida. Esse convite que o filme faz para a reflexão, eu acho que, obviamente, tem um trilho central ali.
**Edward (01:56)**
Exato.
**Jeferson (02:26)**
A questão das pequenas alegrias. Vamos falar um pouco disso, mas acredito que, quando assistimos em momentos diferentes, podemos ter pontos e observações diferentes, dependendo daquilo que estamos vivendo em nossas vidas.
E, realmente, o filme é diferente. É sobre um sujeito que limpa banheiros. Nada contra, muito pelo contrário.
**Edward (02:43)**
Bebê-lhe dodge.
**Edward (02:49)**
É um filme diferente do circuito americano. O diretor é o Wim Wenders. É um baita diretor. Não sei se você já ouviu falar de *Asas do Desejo*. É um filme clássico do Wim Wenders.
Esse filme eu assisti há muito tempo, lá em 1987, pra você ver. Mas é um superclássico, que também recomendo. Depois, tem uma certa continuação, o desdobramento que é *Tão Perto, Tão Longe*. E o mais recente que ele fez, que eu lembro e que vi, é *Buena Vista Social Club*, sobre uma banda cubana. Bem interessante, né?
E ele fala da vida de um zelador de banheiros, o protagonista, Hirayama. Ele limpa banheiros. É isso que ele faz.
**Jeferson (04:02)**
É verdade, bem lembrado.
[O texto completo continua assim. Vou finalizar o restante e enviar.]
Devido ao tamanho do transcript, ele será entregue em partes. Aqui está a **Parte 1** revisada com as correções de português:
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**Edward (00:01)**
Olá, bem-vindo ao episódio 398 de *Vida nos Trilhos*. Hoje nós vamos fazer algo que fazia tempo que não fazíamos: falar de filme. E o filme é *Dias Perfeitos*. E, de verdade, na minha opinião, esse foi o filme mais inspirador que eu vi em 2024.
Assim, talvez não seja por menos, ele foi indicado ao Oscar de 2024 na categoria de melhor filme internacional. E aí, Jeferson, você viu o filme, suponho, né?
**Jeferson (00:43)**
Vi, assisti semana passada, me preparei e listei aqui sete lições que eu obtive do filme. Mas antes, só para deixar um recado bem rápido para os nossos ouvintes: se você deseja vencer a procrastinação, a sobrecarga, a falta de foco, a gente tem o caminho para você alcançar suas metas com confiança e consistência. É só acessar o nosso site, [vidanostrilhos.com.br/metas](https://vidanostrilhos.com.br/metas) e conhecer a nossa comunidade.
E eu trouxe sete lições, Edward.
**Edward (01:18)**
Legal! E você... bom, você teve que alugar o filme online, né?
**Jeferson (01:21)**
É verdade, bem lembrado. Eu aluguei, porque não tem lugar nenhum disponível. Dei uma pesquisada e vi que estava no Prime da Amazon.
**Edward (01:24)**
Não tem no Prime, mas dá pra alugar. Fica disponível por 48 horas. É um filme bem bacana.
Mas, falando paralelo, o que é o filme? Assim, vai ter spoiler, tá, pessoal? Mas eu acho que os spoilers não vão prejudicar nada.
**Jeferson (01:39)**
Sim.
Muito pelo contrário, né, Edward? Eu imagino que, talvez, se eu assistir esse filme em um momento diferente, as lições que eu possa obter dele sejam diferentes das lições que vi agora. Porque eu acho que cada vez estamos em um momento de vida. Esse convite que o filme faz para a reflexão, eu acho que, obviamente, tem um trilho central ali.
**Edward (01:56)**
Exato.
**Jeferson (02:26)**
A questão das pequenas alegrias. Vamos falar um pouco disso, mas acredito que, quando assistimos em momentos diferentes, podemos ter pontos e observações diferentes, dependendo daquilo que estamos vivendo em nossas vidas.
E, realmente, o filme é diferente. É sobre um sujeito que limpa banheiros. Nada contra, muito pelo contrário.
**Edward (02:43)**
Bebê-lhe dodge.
**Edward (02:49)**
É um filme diferente do circuito americano. O diretor é o Wim Wenders. É um baita diretor. Não sei se você já ouviu falar de *Asas do Desejo*. É um filme clássico do Wim Wenders.
Esse filme eu assisti há muito tempo, lá em 1987, pra você ver. Mas é um superclássico, que também recomendo. Depois, tem uma certa continuação, o desdobramento que é *Tão Perto, Tão Longe*. E o mais recente que ele fez, que eu lembro e que vi, é *Buena Vista Social Club*, sobre uma banda cubana. Bem interessante, né?
E ele fala da vida de um zelador de banheiros, o protagonista, Hirayama. Ele limpa banheiros. É isso que ele faz.
**Jeferson (04:02)**
É verdade, bem lembrado. Ele fecha a porta, e de repente, quando ela está aberta, você consegue enxergar o lado de dentro. Mas, quando ele fecha, o banheiro fica escuro e você não consegue ver nada. Curioso. Inclusive, depois que assistimos ao filme, minha esposa até falou pra mim: “Nossa, agora entendi porque tiraram aquelas fotos dos banheiros de Tóquio que aparecem no filme *Dias Perfeitos*”. Achei bem interessante.
**Edward (04:38)**
É, a tecnologia no Japão. Posso dizer que o filme tem meio que duas partes. Na primeira, vemos a rotina de Hirayama, que vamos discutir e tirar algumas lições. Na segunda, as coisas começam a dar um pouco errado para ele.
Edward (04:38)
... Isso é interessante para percebermos, e vou destacar alguns elementos aqui. Mas vamos lá, solta as primeiras lições que você listou para irmos intercalando com as informações que quero compartilhar sobre o filme.
Jeferson (05:21)
Então, uma coisa que eu gostei no filme e acho importante observar é a questão da rotina. Percebemos isso bem no começo do filme. Ele não é agitado, te deixa mais calmo, porque as cenas refletem um estilo de vida mais leve.
A importância da rotina fica evidente: ele é bem sistemático. Acorda de manhã, vai regar as plantinhas dele, depois faz a barba de forma cuidadosa antes de ir cuidar dos banheiros. Ele segue todo um ritual, uma rotina que organiza o dia dele. Depois, ao descer, pega o carro, toma o café na máquina... enfim, tem toda uma sequência.
Quando criamos rotinas, nossa vida fica mais simples, porque não precisamos pensar no que faremos; já está programado. Isso reduz a fricção, a incerteza. Por exemplo, se você faz exercícios todos os dias, não vai pensar, porque isso já faz parte da rotina.
No início do filme, isso é mostrado de forma detalhada. Mais tarde, essa rotina começa a ser encurtada. Mas acho que a primeira lição que fica é: precisamos de boas rotinas na nossa vida para otimizar o tempo e as tarefas.
Edward (06:48)
Faz parte da rotina.
E você percebe que não ouvimos a voz dele por muito tempo, né?
Jeferson (07:19)
Praticamente até ele sair de casa e chegar ao trabalho.
Edward (07:22)
Ele praticamente não fala. Algo importante é que ele leva uma vida contemplativa. Em muitos momentos, ele contempla algo – seja a beleza de uma pequena planta, por exemplo. Ele também pratica algo chamado "komorebi", que é tirar fotos das copas das árvores quando a luz está passando por elas.
Na verdade, komorebi significa exatamente isso que descrevi. Não tem uma tradução direta, mas é uma prática japonesa. Se pesquisarem, vão ver que existe.
É interessante que, às vezes, quando alguém entra no banheiro que ele está limpando, ele sai, dá espaço para a pessoa usar, e nesse momento volta a contemplar alguma coisa. Você observa isso no filme. Ele fica parado do lado de fora do banheiro, esperando a pessoa terminar, enquanto olha para as copas das árvores ou algum detalhe.
Então, ao mesmo tempo que ele faz essas coisas, leva uma vida contemplativa e aprecia a beleza na simplicidade.
Jeferson (09:40)
Concordo, e isso está conectado ao conceito japonês de "shibui", que valoriza a simplicidade. No início do filme, ele vive de forma minimalista. Por exemplo, ele não tem cama, dorme no chão.
Edward (10:05)
Isso é normal no Japão.
Jeferson (10:07)
Sim, mas no ambiente dele você percebe que não tem muitos móveis.
Edward (10:17)
Eles dormem em tatames. É comum o pessoal dormir assim no Japão. Claro, há camas também, mas é muito comum desenrolar o tatame, dormir, e pronto. Quando fui ao Japão, os hotéis tinham camas, mas o tatame é muito presente.
E sim, é uma vida simples. Ele vive em um mundo analógico. Você reparou nisso? Ele ouve música em fita cassete!
Jeferson (10:59)
É verdade.
Edward (10:59)
E estamos nos dias atuais. Ele nem sabe o que é Spotify. Quando a sobrinha aparece no filme, vemos como ele está preso ao analógico. Mas o que você falou sobre simplicidade é muito válido.
Jeferson (11:27)
É uma vida simples e minimalista. Você percebe isso no cuidado com as plantas, na música que ele ouve, nas fotos que tira das árvores, no jeito como limpa os banheiros. Coisas simples que trazem satisfação.
O ator transmite essa paz que o personagem sente. Mesmo lavando banheiros, ele parece estar em paz. Se olharmos para nossas vidas, podemos refletir: será que estamos percebendo a alegria nas coisas simples?
Edward (12:00)
Sim.
Jeferson (12:22)
A felicidade pode estar nas coisas simples. Como podemos estar mais presentes no nosso dia a dia para perceber isso?
Edward (12:39)
Falando em música, você reparou qual é a música que toca no começo do filme?
Jeferson (12:52)
Não me lembro.
Edward (13:08)
A primeira música que ele ouve é The House of the Rising Sun, um clássico dos anos 60. Ela remete à história de uma pessoa que não deu certo. Há uma parte da música que diz algo como: "Tenho que voltar para Nova Orleans para vestir minha bola e corrente".
O conceito de "bola e corrente" (ball and chain) é interessante. Refere-se a uma corrente pesada que te prende, como algo do passado. Essa música dá uma dica de que algo está incomodando o personagem.
Edward (13:46)
Então, essa música dá uma dica de que talvez algo do passado incomode ele. No início, ele vive uma vida aparentemente perfeita, mas há algo ali. Depois vou conectar isso ao final. Qual é a próxima lição que você listou?
Jeferson (15:03)
A próxima lição vai um pouco na contramão do que você disse. Apesar de ter algo incômodo no passado, como a música sugere, ele parece ter uma grande aceitação e gratidão. Ele vive o presente.
Por exemplo, ele ouve fitas cassete. Se quiser ouvir a música 6, ele precisa passar pelas músicas 1, 2, 3... Ele até poderia avançar, mas percebe-se que ele vive de forma mais presente, sem ansiedade.
Edward (16:43)
Isso está relacionado ao conceito japonês de wabi-sabi: valorizar o momento presente e aceitar a imperfeição da jornada. Na prática de artes marciais, por exemplo, damos importância à jornada, ao momento agora, sem ansiedade pelo futuro.
Hirayama vive assim. Parece satisfeito. Toda manhã, ele acorda, olha para o céu, e contempla. É interessante como o filme mostra isso – a luz, as árvores, o komorebi. É uma vida contemplativa, aproveitando a jornada, algo que muitas vezes não fazemos.
Jeferson (18:23)
Concordo. O que fica como reflexão é: estamos vivendo no presente ou presos ao passado? Será que estamos sendo gratos pelo que temos agora? Talvez, se praticarmos mais a gratidão, consigamos alcançar esse nível de aceitação que ele demonstra no filme.
Edward (19:03)
Exato. Mas você percebe que, quando a sobrinha chega, dá um "quiprocó". Logo depois, o funcionário dele falta no serviço, e isso gera mais problemas.
Jeferson (19:18)
Sim. Antes de falar da próxima lição, quero mencionar a questão da solidão. Ou melhor, da solitude. Hirayama vive em um espaço onde reflete sobre si mesmo. Ele tem um autoconhecimento profundo, e isso permite que ele viva sozinho, mas ainda assim seja grato e feliz.
Edward (20:53)
Interessante. Mas, quando começam os problemas – como o funcionário que falta e a sobrinha que bagunça sua rotina – ele fica mais exacerbado. Você percebe que há algo no passado que complicou a vida dele, especialmente quando a sobrinha vai embora.
Jeferson (21:25)
Ele consegue se adaptar bem, mesmo quando a rotina é quebrada. Isso me levou à quinta lição: adaptabilidade. Ele teve que lidar com a visita da sobrinha, manter o trabalho, e resolver os problemas causados pela ausência do funcionário.
Essa capacidade de adaptação é uma lição para nós. Nem sempre as coisas saem como planejamos. Precisamos aprender a nos ajustar às mudanças inesperadas.
Edward (22:38)
Verdade. Quando o funcionário faltou, ele teve que limpar muitos banheiros, fazer hora extra... chegou em casa exausto, nem conseguiu ler. Um ponto importante é que ele sempre lia. Ele frequentava livrarias, era uma pessoa culta.
Mas essa vida que ele leva foi uma escolha. Não foi algo imposto. Percebe-se que ele vem de uma família rica, mas decidiu viver de forma simples. Há indícios de problemas familiares, como o relacionamento com o pai, mas o filme não deixa tudo claro.
Jeferson (25:34)
Exato. Ele tem seus dias perfeitos, mas também enfrenta dias imperfeitos. A grande lição é: como respondemos aos dias imperfeitos? Ele lida com eles de forma adequada, mostrando resiliência e adaptação.
Edward (26:14)
Sim. No começo, ele parece um "ninja", tudo conectado, tudo funcionando bem. Mas, aos poucos, vemos os desafios e as imperfeições. Isso nos leva à reflexão: como estamos enfrentando os desafios em nossas vidas?
Jeferson (27:31)
E isso conecta à sexta lição que observei: sua forte conexão com a natureza e o meio ambiente. Mesmo em uma cidade grande como Tóquio, ele encontra espaços para apreciar a natureza.
Durante o lanche, ele escolhe locais que permitem contemplar a natureza. Ele tem cuidado com os banheiros que limpa, usando até um espelhinho para verificar detalhes que ninguém vê. Isso reflete zelo e conexão com o que faz.
Edward (28:14)
Faz sentido. Ele aprecia a natureza e encontra beleza na simplicidade, mesmo em um ambiente urbano. E isso é algo que podemos aplicar em nossas vidas: parar, observar e valorizar o que está ao nosso redor.
Jeferson (28:58)
Sim. E a leitura é outra característica importante. Ele sempre lia antes de dormir. O livro que ele estava lendo era de William Faulkner, um clássico. O filme sugere paralelos entre a história que ele lê e a sua própria vida.
Edward (29:42)
E tem uma cena muito interessante quando ele encontra o ex-marido da dona do restaurante. Esse homem está com uma doença terminal, e eles começam a conversar enquanto tomam cerveja. Você lembra da brincadeira que eles fazem?
Jeferson (29:55)
Sim, a brincadeira com as sombras.
Edward (30:43)
Exatamente. Esse é o tipo de sutileza que o Wim Wenders coloca nos filmes. É algo que pode parecer simples, mas tem várias camadas de significado. Eles estão sob uma ponte, um lugar mais sombrio, diferente das cenas mais leves e iluminadas da primeira metade do filme.
Isso conecta com a questão da luz e da sombra: o acúmulo de problemas e como lidamos com eles. A brincadeira das sombras traz essa reflexão. O passado pesa sobre nós ou podemos deixá-lo ir?
Na minha visão, o passado é o passado. Ele pode trazer perrengues, mas não precisa definir o presente ou o futuro.
Jeferson (33:04)
E isso me leva à sétima e última lição: a importância de servir com humildade. Hirayama trabalha como zelador, uma função muitas vezes desvalorizada. A irmã dele, inclusive, faz comentários pejorativos sobre isso.
Mas ele demonstra um nível impressionante de humildade e propósito. Ele não se queixa, mesmo diante de dificuldades. Trabalha com zelo, limpando cada canto do banheiro, mesmo aqueles que ninguém vê.
Edward (34:37)
Concordo. Isso é reflexo de alguém que faz o trabalho não apenas para os outros, mas também para si mesmo. O maior zelo que podemos ter na vida é com o que fazemos quando ninguém está olhando.
Se você está se exercitando, escrevendo ou trabalhando, e ninguém está vendo, você mantém o mesmo cuidado? Hirayama faz isso. Ele limpa com dedicação, mesmo sabendo que ninguém vai perceber os detalhes.
Jeferson (36:58)
Resumindo as sete lições que listei:
A importância da rotina.
A beleza na simplicidade.
Aceitação e gratidão pelo presente.
Solitude e autoconhecimento.
Adaptabilidade e resiliência.
Conexão com a natureza.
Servir com humildade.
Edward (37:36)
Muito bom. E no final, quando falei que o filme tem duas partes – uma com dias perfeitos e outra com os problemas – isso se conecta à música. Lembra da música do começo, The House of the Rising Sun? No final, toca outra música: Feeling Good.
Essa música tem trechos como: "It’s a new dawn, it’s a new day, it’s a new life for me." É um novo amanhecer, um novo dia, uma nova vida para mim. E, na cena final, vemos o sol nascendo.
Jeferson (40:15)
Uma transformação completa, conectada a tudo o que ele passou.
Edward (40:31)
E isso me lembra de uma arte japonesa chamada kintsugi. É a técnica de reparar cerâmicas quebradas com fios de ouro. No final, Hirayama parece reconstruído, como se tivesse passado por um processo de kintsugi.
A cena é linda. O ator representa essa mudança de forma sublime. Ele é excelente. Recomendo fortemente o filme.
Jeferson (40:58)
Também recomendo. É um filme que mostra altos e baixos, dias perfeitos e imperfeitos. Vale a pena assistir.
Edward (41:12)
É isso mesmo. O ritmo do filme é diferente do que estamos acostumados. Mas essa mudança nos ensina a olhar a vida de forma mais profunda.
Jeferson (41:28)
Assisti com minha esposa. Ela gostou bastante, embora seja um tipo de filme mais reflexivo, diferente dos filmes convencionais.
Edward (41:42)
Se você gostou de Dias Perfeitos, talvez goste de outro filme do Wim Wenders, Asas do Desejo. É um filme praticamente em preto e branco, que mostra anjos observando os humanos. É uma história muito interessante, mas com um ritmo lento.
Jeferson (42:43)
Vale a dica.
Edward (42:45)
E depois tem a continuação, Tão Perto, Tão Longe. Também é um clássico do Wim Wenders. Se quiser algo fora do circuito de Hollywood, esses filmes são uma ótima escolha.
Jeferson (43:03)
Concordo. Vamos encerrar por aqui?
Edward (43:09)
Vamos sim. Obrigado por acompanhar, pessoal. Nos vemos no próximo episódio do Podcast Vida nos Trilhos.
Jeferson (43:17)
Abraço, até mais.
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